terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Protesto

Moradores querem que uma solução seja tomada. O pedido é que a travessia seja reformada antes da construção de uma nova via.
  
O tão esperado convênio para construção de uma nova ponte de Congonhas, entre Tubarão e Jaguaruna, já tem data para ser assinado: amanhã. A travessia foi interditada na última semana pelo lado da Cidade Azul, após emissão de um laudo técnico feito pela Defesa Civil de Tubarão no dia 25 do mês passado.
 
O prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino, é contra a interdição da travessia. Por outro lado, Tubarão é contra a reforma. E não apenas o administrador municipal de Jaguaruna é contrário ao bloqueio. A população do bairro Congonhas também não aceita. 
 
A passagem liga os dois municípios e é bastante utilizada por produtores e moradores que fogem das filas na BR-101. Para demonstrar o descontentamento para com a prefeitura de Tubarão, diversos moradores foram à câmara de vereadores ontem para protestar. 
 
O grupo pediu soluções até que a nova ponte seja construída. “Fecharam a ponte e não deram soluções”, queixa-se o autônomo Clair Marcon, morador do bairro há mais de 50 anos. A comunidade quer que a travessia seja reformada e liberada. 
 
Clair ressalta que, além   do acesso à praia, há muitas pessoas que usam para chegar ao trabalho. “Ontem, quem veio do Camacho teve que enfrentar três horas de fila até o trevo de Jaguaruna. Se tivesse a ponte, as pessoas chegariam em casa mais cedo”, analisa. 
 
Os moradores também reclamam que o comércio da localidade ficou parado e que mais ninguém passa por lá. “O bairro Congonhas ficou um deserto”, desabafa.
 
Prefeito vai atender a comunidade
O bloqueio da ponte de Congonhas foi discutido na sessão da câmara de ontem. Convidada pelo atual presidente, vereador Deka May, a comunidade expôs os problemas no bairro após a interdição da travessia. 
Agora, o poder legislativo vai cobrar da administração municipal para que soluções sejam tomadas. “A nova ponte poderá levar um ano até ficar pronta, sendo otimista”, avalia o vereador. 
Conforme Deka, o problema foi gerado pelo próprio poder público, que não realizou nenhuma manutenção na ponte desde 2003. Para ele, a administração municipal erro ao tomar a decisão de interditar e não consultar a população.
Muitos moradores do bairro agora devem usar a BR-101. “Acho mais risco atravessar a BR-101 do que passar na ponte”, analisa Deka. “O fato de a ponte estar em más condições não quer dizer que não podia ser reformada. Criou-se um problema maior do que já tinha”, afirma o vereador.
Hoje, o prefeito em exercício de Tubarão, João Batista de Andrade, receberá a comunidade para tentar solucionar o problema. Na sessão de ontem, foram discutidas algumas hipóteses, como uma ponte flutuante.
 
Travessia foi incendiada
A ponte de Congonhas foi alvo de vandalismo após ser bloqueada. Na última sexta-feira, menos de uma semana após a interdição, foi incendiada. A suspeita é que tenha sido jogado combustível para queimá-la. Cerca de 25% da estrutura ficou destruída, o que impede a passagem de veículos. 
 
 
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