TUBARÃO - A menos de um mês do prazo de desincompatibilidade de funções comissionadas para quem quizer ser candidato nas eleições de 2012 em Tubarão, o secretário de Governo Edson Firmino (PMDB), prepara-se para retornar á Câmara de Vereadores tendo que defender na Justiça o direito de exercer seu mandato. Alvo de uma ação judicial de infidelidade patidária, inicialmente movida pelo diretório estadual do PDT, partido que deixou no ano passado, Edson busca a extinção da ação e se depara com a insistência do suplente Eraldo da Silva e do PPS, que atémeses atrás eram seus parceiros na administração municipal.
A legislação eleitoral determina que o partido que foi abandonado tem 30 dias, a contar da data de desfilição, para requerer o mandato de seu ex-menbro na Justiça. O diretório municipal de Tubarão não se manifestou, mas o diretório estadual o fez. "O diretório estadual não estudou caso a caso. Ingressou com a ação com todos os vereadores que saíram do PDT, sem distinção. Depois, analisou a defesa apresentada e convenceu-se de que havia justificativa para o ato", explicou Edson. "Há documentos do diretório municipal que autorizam o Edson a buscar outro caminho. O partido não vinha cumprindo o que havia sido determinado", complementou Rafael Pelegrim, advogado do vereador.
A desistência do PDT, porém, foi negada na Justiça. O próprio Eraldo, que já havia se habilitado como assistente na ação, buscou a manutenção da ação e provocou o Ministério Público a tornar-se também autor. A atitude rachou a relação entre Edson e o PPS, firmada ainda nas eleições de 2008. Os dois atuavam em bloco na secretaria de Governo nos primeiros dois anos da gestão Manoel Bertoncini, o secretário era Flávio Alves, presidente do PPS. Em seguida, Edsonassumiu a secretária para que Eraldo pudesse assumir uma cadeira na Câmara. "Eu assumi a secretaria porque o PPS ficaria sem espaço no primeiro escalão. Foi uma forma de proteger o bloco que estávamos formando. Não esperava por isso", lamentou Edson.
Com a volta de Edson á Câmara, o PPS volta a ficar sem cadeira no Legislativo e Flávio pode retornar ao comando da secretaria de Governo. O presidente do PPS defende a ação por Edson não ter consultado o partido sobre a troca de sigla. "Tinhamos a pretensão de disputar a próxima eleiçao com o PDT novamente, precisávamos ter sido consultados sobre essa decisão", garantiu Flávio. Edson busca o fim da ação, alegando que o Eraldo e o Ministério Público não ingressaram com a ação no prazo legal ( até 60 dias após a desfiliação) e defendendo a convocação de testemunhas do PDT de Tubarão para manter a causa.
fonte: http://www.diariodosul.com.br/?pag=noticias&cod=6816